sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Há 38 anos morreu o maestro Pixinguinha.


Há 38 anos morria Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha. Maestro responsável por incorporar elementos brasileiros às técnicas de orquestração e arranjo, ele renovou a arte de fazer música no Brasil.

Saiba um pouco mais deste Mestre da música popular Brasileira.
O Jornal do Brasil preparou um vídeo muito legal sobre a história do Pixinguinha.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MAS AFINAL, O QUE É MÚSICA... (3)



Dando continuidade a parte de teoria musical. Vamos falar um pouquinho sobre intensidade e altura.

INTENSIDADE

Intensidade está associada ao volume que o som é emitido. Ou como vocês podem encontrar em alguns livros mais técnicos intensidade é a pressão sonora.

Vamos ilustrar. Você está em uma biblioteca. Encontra um amigo. Vai conversar com ele. Como é essa conversa? Você já chega gritando ou sussurra? Acredito que nessa situação o certo e sussurrar. Então você sai da biblioteca e vai para um show de rock. Encontra amigos e começa a conversar... ou melhor a gritar. Tente sussurrar em um show de rock.

A menos que seu ouvinte tenha uma super audição ele não vai escutar nada.

Isso é intensidade sonora. É a força que o som é capaz de fazer. Lembra que falamos em posts anteriores que o som nada mais é do que o ar vibrando? Quando moléculas de ar vibram elas se chocam e empurram outras moléculas. A força com que elas se empurram gera pressão.

Quanto maior a pressão maior é a intensidade que ouvimos o som. Menor pressão, menor intensidade.

Se você só encosta a baqueta na caixa da bateria sai um sonzinho baixinho. Mas se você solta o braço ai seus vizinhos começam a reclamar com seus pais. É... vida de baterista é dura!



ALTURA

“Espera um pouco. Eu pensava que altura fosse o mesmo que volume”. Então pensou errado. M

as relaxa. Isso é normal. Por senso comum nos associamos os dois. Quando adolescente rebelde escutando música no último volume nossa mãe grita “Abaixa essa música. O som está muito alto”.

Altura na verdade está relacionada à freqüência sonora. Freqüência para quem não lembra é a repetição de algum fenômeno em um intervalo de tempo. Por exemplo. Seu coração bate cerca de 80 vezes em 1 minuto. A freqüência de batimentos é de 80 batidas/minuto. Um antigo tocador de discos (aqueles de Vinil) tinha freqüência de 45 RPM – rotações por minuto. Em música geralmente usamos a unidade de media Hertz para falar de freqüência. 1 Hertz (Hz) significa uma repetição por segundo. Exemplo: as lâmpadas fluorescentes trabalham com uma freqüência de 60Hz. Isso significa que a luz oscila em cada ponto 60 vezes e um único segundo. Acho que você já entendeu o que é freqüência.




Para ficar mais claro assista aos vídeos sobre Matemática e Música. Neles existem explicações sobre o tema.


Quando falamos de Altura estamos dizendo se um som é mais grave ou mais agudo que outro. Essa é nossa sensação fisiológica. Graves e Agudos. Sons com baixa freqüência nos dão a sensação de que são graves. Sons com alta freqüência (moléculas oscilando muito rápido) nos dão a sensação que são agudos.

Vejamos um exemplo: a nota Lá acima do Dó central do piano (normalmente chamada Lá4) tem freqüência de 440 Hz. A nota Lá uma oitava abaixo (Lá3) tem exatamente a metade da freqüência (220 Hz). A nota Lá uma oitava acima (Lá5) tem o dobro da freqüência da primeira (880 Hz). Embora a diferença de freqüências entre Lá3 e Lá4 (220 Hz) seja a metade da diferença entre Lá4 e Lá5 (440 Hz), os intervalos são percebidos como sendo iguais.

“O som musical, que provoca sensações agradáveis, é produzido por vibrações periódicas. O ruído, que provoca sensações desagradáveis, é produzido por vibrações aperiódicas”.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pianista de jazz George Shearing morre aos 91

CHRISTINE KEARNEY
DA REUTERS, EM NOVA YORK

Sir George Shearing, lenda do piano jazzístico e conhecido pelo clássico "Lullaby of Birdland", de 1952, morreu na segunda-feira (14) aos 91 anos.

Shearing foi um prolífico pianista e arranjador, autor de mais de 300 composições. Ele morreu em Nova York, onde viveu nos últimos 25 anos, segundo seu agente Dale Sheets.

"É uma grande perda para o mundo do jazz", disse Sheets à Reuters. "George era um homem absolutamente incrível, além de um talento incrível, ímpar."

Nascido cego e pobre numa família proletária de Londres, Shearing tocava piano em um "pub" do seu bairro antes de entrar para uma banda só de cegos, na década de 1930. Tocar na rádio BBC fez com que seu público crescesse.

Misturando swing, bop e influências clássicas modernas em suas composições, ele produziu diversos álbuns entre as décadas de 1950 e 90. Ganhou Grammys em 1982 e 83 por gravações feitas em parceria com o vocalista Mel Tormé.

Em 2007, foi condecorado na Grã-Bretanha por sua contribuição à música.

Deixa a esposa e uma filha de um casamento anterior.

Reprodução
O pianista George Shearing
O pianista de jazz britânico George Shearing, que morreu nesta segunda-feira aos 91 anos em Nova York (EUA)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MAS AFINAL, O QUE É MÚSICA?... (2)

RITMO

Voltemos a falar de teoria musical. Hoje nosso tema é ritmo.

Quando pensamos em ritmo longe vem a nossa mente os estilos musicais. Samba, rock, axé, blues, jazz, eletrônica etc. Isso porque cada estilo musical tem relação direta com o ritmo. Mas estilo não é só ritmo. Um estilo musical tem dentro de si todos os elementos que formam a música: sons, tempos, ritmo, intensidade, altura, melodia e harmonia. Essa associação que nós fazemos vem pelo fato do ritmo marcar a pulsação da música. Essa pulsação vem em padrões e cada estilo tem seu padrão.

O Ritmo é a pulsação da música

Vamos tentar ilustrar um pouco. Imagine seu coração batendo. A cada batida ele emite um som. O som é diferente quando ele faz a sístole e a diástole (para quem esqueceu estes são os movimentos do sangue entrando e saindo das cavidades do coração). Esses sons vão se repetindo a cada novo ciclo e cada um deles tem sua duração definida. Por exemplo, dizemos que o coração tem em média 80 batimentos por minuto. A isso nós chamamos de ritmo cardíaco. As batidas do coração acontecem em determinados intervalos de tempo. Existe um padrão entre elas.

Na música a idéia é a mesma. Cada estilo musical. Cada música em particular é a soma da execução de determinados padrões

de emissão de sons de cada instrumento.

Compare um Samba Enredo no carnaval com uma Valsa. No primeiro você escuta duas pulsações a cada unidade de tempo. Essas duas pulsações ficam bem contrastadas pelos sons do surdo de primeira e do surdo de segunda. (Tum tá Tum tá... 1 2 1 2). Coloque uma músi

ca para tocar e acompanhe contando 1 2 conforme escuta o som. Agora faça o mesmo com uma valsa. Você vai perceber que a cada unidade de tempo são executadas 3 pulsações. (Tum tá tá Tum tá tá... 1 2 3 ... 1 2 3).



Ritmo são os sons e silêncios que se sucedem ao longo do tempo de forma padronizada.


“Opa! Que história é essa de silêncio na música?” É isso mesmo. O silêncio faz parte da música. Ele é um componente tão importante quanto os sons. Imagine um vocalista cantando sem parar. Sem respirar em uma música que dura cerca de 3 minutos. Acho que se fosse assim não existiriam tantos vocalistas. Seria uma profissão suicida... =P

Bom, espero que não tenha sido confuso. Quem já estuda música a um certo tempo o tema ritmo já está tão enraizado que nem pensa sobre a definição. Mas acredito que falar sobre essa base da música é muito importante para conhecermos melhor com o que estamos trabalhando.

Um forte abraços!

Douglas Lotto

Música e Matemática...

Existe uma relação muito íntima entre a arte e a matemática. Música é matemática aplicada. Foi se utilizando de relações matemáticas que se construíram as escalas e as possibilidades de combinações. Sempre buscando a harmonia e a perfeição.

Para entender melhor isso assista a série de vídeos abaixo que tratam dessa maravilhosa relação. Esses vídeos foram produzidos pela TV Cultura no programa Arte e Matemática.

Aproveite!








sábado, 12 de fevereiro de 2011

MAS AFINAL, O QUE É MÚSICA?...

Essa é nossa primeira conversa sobre teoria musical. Ela é muito importante para se construir uma base sólida em nossa música. Não basta pegar o instrumento e sair arrancando sons. É preciso conhecer a lógica que existe em toda composição musical.

Daremos hoje um pequeno passo.

Porém, muito importante!

Afinal, o que é música? Alguns, nesse momento, devem estar pensando “mas isso é muito fácil”. Talvez seja mesmo. Se você já estuda música há algum tempo. Mas provavelmente quem está começando agora não tenha tanta facilidade em encontrar a resposta.

Está ai o desafio. Tente responder em uma frase. O que é música?

Na base do que é a música temos: a relação entre som e tempo, ritmo, intensidade, altura, melodia e harmonia.

Então tá! Música é a emissão de sons em intervalos de tempo com ritmo, intensidade, altura, melodia e harmonia. Ficou mais claro? Mais ou menos.

Toda estrutura musical é composta por:

-SOM

- TEMPO

- RITMO

- INTENSIDADE

- ALTURA

- MELODIA

- HARMONIA

Esses são os elementos que constituem a base de uma música.

Nesse post, vamos tentar entender um pouco sobre o SOM. Nos próximos trataremos dos demais itens.


SOM

Ao nosso redor existe AR. Uma mistura de nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e uma série de outros gases. Para quem não se lembra das aulas de química (tudo bem. Eu também dormia nessa aula) o ar é composto por moléculas que são feitas de átomos. Podemos imaginar como “Bolinhas” bem pequenininhas. Um montão delas em volta de nós. Entrando e saindo de nosso pulmões.

Quando falamos nossas cordas vocais vibram e fazem esses átomos vibrarem também. O mesmo acontece quando você bate em uma superfície. O choque faz os átomos próximo a batida vibrem. Daí escutamos o barulho.

Voltando a voz. Nossas cordas vocais vibram e fazem o ar vibrar. Um átomozinho vibra e bate em outro próximo que bate no outro... bate no outro e assim vai se propagando. A vibração das moléculas se inicia na nossa garganta e se espalha pelo ar. Acho que já podemos definir, de maneira simples, o que é som.

Som é uma vibração se propagando.

Ou seja. Alguma coisa – as cordas vocais, bater em uma mesa etc. – faz o ar vibrar e essa vibração vai se propagando até chegar aos ouvidos. A esse fenômeno chamamos de som.

Dica: a parte da física que estuda o som é a acústica. Recomendo estudar esse assunto. “Ah, mas preciso disso para aprender música?” Não. No entanto esse tipo de conhecimento vai te ajudar a ser mais criativo e a entender melhor os fenômenos sonoros (em breve vou escrever um post sobre criatividade).

Entendido o que é som. Podemos falar sobre os demais itens. Só para lembrarmos. A música é a ação de todos os elementos juntos – som e tempo, ritmo, intensidade, altura, melodia e harmonia.

Se escrevi algum conceito errado ou se faltou mencionar algo, fiquem a vontade para comentar.

Abraços e até a próxima.

Douglas Lotto

Estudante de Piano e Violão

Um curioso sobre o poder da música

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Reprodutores de música aumentam problemas de audição



Especialistas denunciam que cresce o número de jovens com problemas de audição devido ao uso aparelhos de música com mp3 e mp4


Reprodutores de música mp3 e mp4 com um volume superior aos 80 decibéis provocam o aumento dos problemas de audição nos jovens de 10 a 35 anos, segundo o divulgado nesta quinta-feira em uma reunião de especialistas em Barcelona.

Os presentes no curso internacional de audiologia, com 50 especialistas, destacaram que o número de jovens com traumas sonoros no ouvido cresceu. O motivo é o excessivo volume dos reprodutores de música. Perante esta situação, fizeram um pedido à indústria para "limitar o som".

O professor da Universidade de Barcelona, Joan Domènech Oliva, explicou que os zumbidos, que são ruídos contínuos no ouvido que ainda não têm cura, são a principal consequência do volume excessivo. Um problema que já afeta 4% da população, especialmente, pessoas entre 10 e 35 anos.

Calcula-se que na Espanha um milhão e meio de pessoas sofram com os zumbidos. 80% delas são jovens.

Domènech assinalou que graças à legislação sobre prevenção de riscos trabalhistas e a existência de meios para prevenir o excesso de ruídos diminuiu o número de casos de zumbidos entre os trabalhadores.

No entanto, a patologia não foi reduzida devido ao grande aumento de casos entre os jovens como consequência do uso de reprodutores de música digitais.

Um total de 4% da população espanhola e de outros países industrializados padece de ruídos constantes no ouvido e 1% da população tem uma situação de gravidade extrema. Isso influi em sua vida diária, afetando o estado emocional e psicológico.

Perante esta situação, os especialistas recomendam aos jovens com assobios nos ouvidos que persistem por horas que procurem um especialista. Iniciar um tratamento preventivo evita o surgimento de problemas crônicos.

Neste sentido, o doutor Joan Domènech, ressaltou ser um grande passo se os reprodutores de música e vídeo incorporassem um indicador de volume ou um limitador. Acima de 80 decibéis o ouvido corre perigo.

Além do trauma sonoro, os zumbidos também podem surgir por infecções graves, otosclerose, ou como efeito secundário de alguns remédios.

Fonte: exame abril

Fazemos música para...

Em primeiro lugar gostaria de dar as boas vindas. Espero fazer desse espaço um local rico em conhecimento, pesquisa e discussão sobre esse assunto que tanto gostamos. Música!

Sim, essa manifestação artística presente em todas as culturas. Não importa o lugar, etnia, língua nem classe social. A música, de uma forma ou de outra, atinge a todos. Você deve conhecer alguém que toca um instrumento. Em todas as galeras sempre tem uma pessoa que toca violão. Existem MILHARES de músicos profissionais. Mega produções. E muito dinheiro. Mas existem MILHÕES de brilhantes artistas que fazem seus pequenos shows nas rodas de amigos, nas esquinas e botequins ou trancados em seus quartos. A música é de todos!

Através dela se mostra a alegria em se conquistar um grande amor. A tristeza da pessoa que partiu o coração. Denuncia-se as desigualdades sociais, as injustiças, os crimes. Exalta-se toda uma nação. As canções fazem parte dos rituais. Religiões têm suas músicas para dar glória a Deus. Torcidas cantam em coro o amor pelo time. Tribos indígenas dançam as músicas entoadas pelas vozes de seu povo. Atabaques marcam o ritmo no terreiro do candomblé. Música é manifestação cultural!

Neste blog vamos tratar um pouquinho desses assuntos. Vamos buscar a opinião das pessoas. Quem gosta de música. Faze música. Vive a música. Apresentar um pouco de teoria musical. Contar a historia de alguns artistas e bandas. Falar um pouco sobre cada estilo. Mostrar os diferentes tipos de instrumentos musicais. As novidades sobre shows. Buscar conhecer e divulgar a importância da música para a saúde. Enfim, vamos dar pitadas em várias partes da música. Afinal de contas, música é muito mais do que instrumentos, notas, arranjos, compassos etc. Ela tem um poder incrível. Toca bem no intimo de cada pessoa. Mexe com emoções.

Todos estão convidados a compartilhar suas visões sobre o assunto. Afinal, esse blog é para trazer o que a musica tem de melhor. O prazer!

Um forte abraço!

Douglas Lotto

Aprendiz de piano e violão

Um curioso sobre o poder da música