terça-feira, 22 de março de 2011

Lenda do blues Pinetop Perkins morre aos 97 anos

DA EFE, EM WASHINGTON


O pianista Pinetop Perkins, uma das lendas do blues americano, morreu nesta segunda-feira aos 97 anos em sua casa de Austin (Texas) vítima de um ataque cardíaco, informou seu representante.

Perkins era um dos últimos membros da grande época do Delta blues, e em fevereiro se transformou na pessoa mais velha a receber um prêmio Grammy.

Seu inconfundível estilo ao piano e sua profunda voz acompanharam grandes artistas, como o guitarrista Earl Hooker e Muddy Waters.


13.fev.2011 Danny Moloshok /Reuters
Músico Pinetop Perkins chega à cerimônia de entrega do Grammy em fevereiro deste ano
Músico Pinetop Perkins chega à cerimônia de entrega do Grammy em fevereiro deste ano

O músico ganhou o apelido nos anos 1950 pela gravação do tema "Pinetop's Boogie Woogie" de Pinetop Smith.

O ator e cineasta Clint Eastwood imortalizou Perkins e outros como Jay McShann, Dave Brubeck e Marcia Ball no documentário "Piano Blues", no qual revelou sua paixão pelo blues com material de arquivo raramente visto e entrevistas históricas.

Perkins nasceu em 1913 em Belzoni, Mississipi, com o nome de Willie Perkins Mississipi, e começou a tocar em 1920, primeiro violão --que deixou por um acidente em seu braço esquerdo-- e depois piano, que não abandonou até o final.

segunda-feira, 14 de março de 2011

AFINAL, O QUE É MÚSICA? (4)

MELODIA E HARMONIA

Melodia é uma sucessão de sons e silêncios combinados de forma a gerar uma identidade própria. Complicou, né? Para ser mais claro é o que forma a identidade de cada música. Aquilo que faz com que diferenciamos uma música da outra. Quantas músicas conhecemos cuja base é a mesma? Por exemplo, um blues em G (Sol maior). Existem várias músicas no estilo blues que são tocados no tom de sol maior dentro daquela formulinha básica do blues. Porém são músicas diferentes. O que as tornam diferentes? A melodia.



A estrutura básica do blues são os 12 compassos onde se aplica a progressão harmônica I V IV. Futuramente vamos tratar melhor do estilo blues e de progressões harmônicas.

Já a harmonia é formada pela sobreposição de notas tocadas sucessivamente. Na música popular chamamos a combinação de notas sobrepostas de acordes. Por exemplo, se tocarmos simultaneamente as notas dó, mi e sol temos o acorde de dó maior. A sucessão de acordes ao longo do tempo da música é o que dará suporte para a melodia. A isso chamamos de progressão harmônica. Qual você toca em seu violão os acordes C, F e G em uma levada de rock rapidinha você está fazendo o campo harmônico da música Labamba.

Esses primeiros posts foram só para ilustrar os conceitos básicos da música. Apenas para dar uma introdução no assunto. Aos poucos vamos aprofundando em cada parte. Vamos falar mais sobre Campo Harmônico e Progressões assuntos tão importantes na música popular.

Abraços!!!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Há 38 anos morreu o maestro Pixinguinha.


Há 38 anos morria Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha. Maestro responsável por incorporar elementos brasileiros às técnicas de orquestração e arranjo, ele renovou a arte de fazer música no Brasil.

Saiba um pouco mais deste Mestre da música popular Brasileira.
O Jornal do Brasil preparou um vídeo muito legal sobre a história do Pixinguinha.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MAS AFINAL, O QUE É MÚSICA... (3)



Dando continuidade a parte de teoria musical. Vamos falar um pouquinho sobre intensidade e altura.

INTENSIDADE

Intensidade está associada ao volume que o som é emitido. Ou como vocês podem encontrar em alguns livros mais técnicos intensidade é a pressão sonora.

Vamos ilustrar. Você está em uma biblioteca. Encontra um amigo. Vai conversar com ele. Como é essa conversa? Você já chega gritando ou sussurra? Acredito que nessa situação o certo e sussurrar. Então você sai da biblioteca e vai para um show de rock. Encontra amigos e começa a conversar... ou melhor a gritar. Tente sussurrar em um show de rock.

A menos que seu ouvinte tenha uma super audição ele não vai escutar nada.

Isso é intensidade sonora. É a força que o som é capaz de fazer. Lembra que falamos em posts anteriores que o som nada mais é do que o ar vibrando? Quando moléculas de ar vibram elas se chocam e empurram outras moléculas. A força com que elas se empurram gera pressão.

Quanto maior a pressão maior é a intensidade que ouvimos o som. Menor pressão, menor intensidade.

Se você só encosta a baqueta na caixa da bateria sai um sonzinho baixinho. Mas se você solta o braço ai seus vizinhos começam a reclamar com seus pais. É... vida de baterista é dura!



ALTURA

“Espera um pouco. Eu pensava que altura fosse o mesmo que volume”. Então pensou errado. M

as relaxa. Isso é normal. Por senso comum nos associamos os dois. Quando adolescente rebelde escutando música no último volume nossa mãe grita “Abaixa essa música. O som está muito alto”.

Altura na verdade está relacionada à freqüência sonora. Freqüência para quem não lembra é a repetição de algum fenômeno em um intervalo de tempo. Por exemplo. Seu coração bate cerca de 80 vezes em 1 minuto. A freqüência de batimentos é de 80 batidas/minuto. Um antigo tocador de discos (aqueles de Vinil) tinha freqüência de 45 RPM – rotações por minuto. Em música geralmente usamos a unidade de media Hertz para falar de freqüência. 1 Hertz (Hz) significa uma repetição por segundo. Exemplo: as lâmpadas fluorescentes trabalham com uma freqüência de 60Hz. Isso significa que a luz oscila em cada ponto 60 vezes e um único segundo. Acho que você já entendeu o que é freqüência.




Para ficar mais claro assista aos vídeos sobre Matemática e Música. Neles existem explicações sobre o tema.


Quando falamos de Altura estamos dizendo se um som é mais grave ou mais agudo que outro. Essa é nossa sensação fisiológica. Graves e Agudos. Sons com baixa freqüência nos dão a sensação de que são graves. Sons com alta freqüência (moléculas oscilando muito rápido) nos dão a sensação que são agudos.

Vejamos um exemplo: a nota Lá acima do Dó central do piano (normalmente chamada Lá4) tem freqüência de 440 Hz. A nota Lá uma oitava abaixo (Lá3) tem exatamente a metade da freqüência (220 Hz). A nota Lá uma oitava acima (Lá5) tem o dobro da freqüência da primeira (880 Hz). Embora a diferença de freqüências entre Lá3 e Lá4 (220 Hz) seja a metade da diferença entre Lá4 e Lá5 (440 Hz), os intervalos são percebidos como sendo iguais.

“O som musical, que provoca sensações agradáveis, é produzido por vibrações periódicas. O ruído, que provoca sensações desagradáveis, é produzido por vibrações aperiódicas”.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pianista de jazz George Shearing morre aos 91

CHRISTINE KEARNEY
DA REUTERS, EM NOVA YORK

Sir George Shearing, lenda do piano jazzístico e conhecido pelo clássico "Lullaby of Birdland", de 1952, morreu na segunda-feira (14) aos 91 anos.

Shearing foi um prolífico pianista e arranjador, autor de mais de 300 composições. Ele morreu em Nova York, onde viveu nos últimos 25 anos, segundo seu agente Dale Sheets.

"É uma grande perda para o mundo do jazz", disse Sheets à Reuters. "George era um homem absolutamente incrível, além de um talento incrível, ímpar."

Nascido cego e pobre numa família proletária de Londres, Shearing tocava piano em um "pub" do seu bairro antes de entrar para uma banda só de cegos, na década de 1930. Tocar na rádio BBC fez com que seu público crescesse.

Misturando swing, bop e influências clássicas modernas em suas composições, ele produziu diversos álbuns entre as décadas de 1950 e 90. Ganhou Grammys em 1982 e 83 por gravações feitas em parceria com o vocalista Mel Tormé.

Em 2007, foi condecorado na Grã-Bretanha por sua contribuição à música.

Deixa a esposa e uma filha de um casamento anterior.

Reprodução
O pianista George Shearing
O pianista de jazz britânico George Shearing, que morreu nesta segunda-feira aos 91 anos em Nova York (EUA)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MAS AFINAL, O QUE É MÚSICA?... (2)

RITMO

Voltemos a falar de teoria musical. Hoje nosso tema é ritmo.

Quando pensamos em ritmo longe vem a nossa mente os estilos musicais. Samba, rock, axé, blues, jazz, eletrônica etc. Isso porque cada estilo musical tem relação direta com o ritmo. Mas estilo não é só ritmo. Um estilo musical tem dentro de si todos os elementos que formam a música: sons, tempos, ritmo, intensidade, altura, melodia e harmonia. Essa associação que nós fazemos vem pelo fato do ritmo marcar a pulsação da música. Essa pulsação vem em padrões e cada estilo tem seu padrão.

O Ritmo é a pulsação da música

Vamos tentar ilustrar um pouco. Imagine seu coração batendo. A cada batida ele emite um som. O som é diferente quando ele faz a sístole e a diástole (para quem esqueceu estes são os movimentos do sangue entrando e saindo das cavidades do coração). Esses sons vão se repetindo a cada novo ciclo e cada um deles tem sua duração definida. Por exemplo, dizemos que o coração tem em média 80 batimentos por minuto. A isso nós chamamos de ritmo cardíaco. As batidas do coração acontecem em determinados intervalos de tempo. Existe um padrão entre elas.

Na música a idéia é a mesma. Cada estilo musical. Cada música em particular é a soma da execução de determinados padrões

de emissão de sons de cada instrumento.

Compare um Samba Enredo no carnaval com uma Valsa. No primeiro você escuta duas pulsações a cada unidade de tempo. Essas duas pulsações ficam bem contrastadas pelos sons do surdo de primeira e do surdo de segunda. (Tum tá Tum tá... 1 2 1 2). Coloque uma músi

ca para tocar e acompanhe contando 1 2 conforme escuta o som. Agora faça o mesmo com uma valsa. Você vai perceber que a cada unidade de tempo são executadas 3 pulsações. (Tum tá tá Tum tá tá... 1 2 3 ... 1 2 3).



Ritmo são os sons e silêncios que se sucedem ao longo do tempo de forma padronizada.


“Opa! Que história é essa de silêncio na música?” É isso mesmo. O silêncio faz parte da música. Ele é um componente tão importante quanto os sons. Imagine um vocalista cantando sem parar. Sem respirar em uma música que dura cerca de 3 minutos. Acho que se fosse assim não existiriam tantos vocalistas. Seria uma profissão suicida... =P

Bom, espero que não tenha sido confuso. Quem já estuda música a um certo tempo o tema ritmo já está tão enraizado que nem pensa sobre a definição. Mas acredito que falar sobre essa base da música é muito importante para conhecermos melhor com o que estamos trabalhando.

Um forte abraços!

Douglas Lotto